O Tarot
- Marcelo Guzzon
- 1 de mai. de 2019
- 3 min de leitura

O tarô é uma espécie de oráculo, assim como suas lâminas, a origem dessa palavra ainda é um mistério. O vocábulo Tarot, utilizado na maior parte dos idiomas do mundo, provém do termo tarocco, jogo de cartas que surgiu na França, no século XV.
Algumas vertentes de pesquisadores acreditam que tenha surgido no Egito e que o baralho de Thoth seja o que perpetuou desde o tempo de sua criação provavelmente com modificações. Não há registros históricos que indiquem alguma escola ou corporação de ofício que tenha criado esse conjunto ou feito adaptações de jogos tradicionais anteriores. Tudo indica que ganhou a forma que hoje conhecemos pelas mãos de artistas e artesãos que tinham conhecimentos e habilidades adquiridas entre os edificadores dos palácios e igrejas no período pré-renascentista, bem como suas pinturas, imagens e vitrais.
É importante lembrar, do ponto de vista histórico, que existe um exemplar de baralho com 52 cartas, anterior às versões que hoje conhecemos. Trata-se do baralho Mamlûk, utilizado pelos guerreiros mamelucos e que, evidentemente, tiveram suas cartas copiadas pelos impressores europeus.
As 78 cartas do tarô estão divididas em dois grupos: 22 cartas são os arcanos maiores e as 56 restantes são os arcanos menores representando os quatro naipes tradicionais. Os 22 arcanos maiores são numerados de 1 a 21 e um deles, O Louco, não recebe número na maior parte dos baralhos. As 56 cartas dos arcanos menores constituem cartas de baralho comum e se subdividem em:
· Naipe de paus que corresponde ao elemento fogo.
· Naipe de ouros que corresponde ao elemento terra.
· Naipe de espadas que corresponde ao elemento ar.
· Naipe de copas que corresponde ao elemento água.
Cada um deles contém 10 cartas numeradas e as chamadas cartas da corte onde contém valete, Cavaleiro, Rainha e Rei. Possuem desenhos que tornam o significado simbólico mais abstrato que os dos arcanos maiores.
Em meados do século 19, os 22 arcanos maiores foram associados às letras do alfabeto hebraico por Eliphas Levi. A cada letra do alfabeto foi atribuído um valor numérico definido. Os 22 arcanos são um verdadeiro aprendizado de como podemos conduzir nossa existência, através dos conhecimentos adquiridos e da intuição. O caminho nos mostra que nada do que procuramos pode ser achado fora de nós mesmos, existe somente dentro de nós.
No século 20, o tarot recomeçou nos anos 45 na Europa e nos anos 50 nos Estados Unidos. Hoje existem mais de 250 diferentes baralhos de tarot no mundo todo. Para a escolha de seu baralho é recomendado que seja o baralho com o qual mais se identificar. Exemplos de baralhos: Taro de Thoth, de Rider-White, Mitológico, Tarot dos Índios, dos Animais, das Flores, das Bruxas, dos Boêmios, de Marselha, Tarot of Tansition, Egípicio, Tarot da Maçonaria, Cigano etc.
Os seguidores do tarô afirmam que este conhecimento é uma ferramenta útil para o autoconhecimento, assim como para enfrentar os desafios da vida cotidiana. Os entendidos desta técnica de adivinhação afirmam que as cartas não determinam totalmente o futuro, mas expressam os desejos ocultos daquele que consulta. Com nosso livre arbítrio podemos sempre reescrever e mudar nosso destino.
Em compensação, os críticos acreditam que os tarólogos são golpistas que brincam com a sensibilidade dos outros e se aproveitam dos seus medos e angústias internas. Existem pessoas que de fato se aproveitam disto, mas existem muitos profissionais competentes que fazem de seu ofício uma ajuda aos que precisam.
Não se esqueçam: brilha tua luz!
Referências: https://conceitos.com/taro/
https://www.somostodosum.com.br/artigos/oraculos/o-que-e-o-taro-949.html
http://www.clubedotaro.com.br/site/h21_0_o_que.asp
http://www.clubedotaro.com.br/site/h23_15_mamluk.asp
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